Poeta, ensaísta e curador de arte. Foi professor de motricidade humana, seus ensaios focam os atractores estranhos que atravessam o corpo-arte-pensamento-literatura.
Possui graduação em Letras pela UESB (1989), mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portug e doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portug pela USP (2003) e Pós-doutorado pela Universidade de Coimbra
Possui graduação em Letras Vernáculas c Inglês pela UCS-SSA (1988), mestrado em Letras e Linguística pela e doutorado em Letras e Linguística pela UFBA (2001) e pós-doutorado pela Université Paris 8
Poeta, editor, ensaísta, artista plástico e tradutor. Criou em 1999 a Agulha Revista de Cultura, revista de circulação pela Internet.
Poeta, ensaísta e curador de arte. Foi professor de motricidade humana, seus ensaios focam os atractores estranhos que atravessam o corpo-arte-pensamento-literatura.
Possui graduação em Letras pela UESB (1989), mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portug e doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portug pela USP (2003) e Pós-doutorado pela Universidade de Coimbra
Possui graduação em Letras Vernáculas c Inglês pela UCS-SSA (1988), mestrado em Letras e Linguística pela e doutorado em Letras e Linguística pela UFBA (2001) e pós-doutorado pela Université Paris 8
Poeta, editor, ensaísta, artista plástico e tradutor. Criou em 1999 a Agulha Revista de Cultura, revista de circulação pela Internet.
Poeta, ensaísta e curador de arte. Foi professor de motricidade humana, seus ensaios focam os atractores estranhos que atravessam o corpo-arte-pensamento-literatura.
Possui graduação em Letras pela UESB (1989), mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portug e doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portug pela USP (2003) e Pós-doutorado pela Universidade de Coimbra
Possui graduação em Letras Vernáculas c Inglês pela UCS-SSA (1988), mestrado em Letras e Linguística pela e doutorado em Letras e Linguística pela UFBA (2001) e pós-doutorado pela Université Paris 8
Poeta, editor, ensaísta, artista plástico e tradutor. Criou em 1999 a Agulha Revista de Cultura, revista de circulação pela Internet.
Minicurso 01: Literatura-Arte-Pensamento: ritmos conceptuais
Luís de Serguilha - Escritor / Portugal
Data e Hora: 20/09/2018 - 08h às 12h Carga Horária: 04horas
1- O QUE PODE O PENSAMENTO? O QUE PODE A LITERATURA?
Activar e fortalecer a fractalização dos conceitos que entrecruzam as cartografias literárias vibráteis e o pensamento impessoal-nômade num ritmo germinativo de relações variáveis, de perspectivas compositoras de lance de dados heterogéneos onde as intensidades do acontecimento estético e ético nos conectam com as enciclopédias movediças sem definições, com os sismógrafos metamórficos da natureza, com as complexões de confrontos autopoiéticos, com transgeografias linguísticas perfuradas pela insânia embaralhadora de códigos. Entranhar nos atravessamentos das linguagens excluídas e esponjar as alteridades, as diferenças, novas semióticas, forças sígnicas, invasões afectivas, ritmos intersticiais, caleidoscópicos, acentrados. Produzir tempo puro, cérebro lúdico, topologias de passagem, eternidade, planos moventes, decifrações e sentidos entre processos problemáticos, atractores estranhos, aprendizagens-críticas e transmutações de pontos de potência inventiva: questionar interpretações, ampliar mosaico de sensações, destruir a analgesia dos sentidos, rupturar formulações pré estabelecidas, fazer escolhas, interromper estruturas, forçar o pensamento a pensar dentro das multiplicidades, do inesperado, do impensado, do inumano, do inconsciente. Estilizar a existência, conquistar a expressões do intensivo sentir a espessura das linhas do acontecimento e das errâncias. Criar realidade com tempos delirantes fora das razões psicológicas! Viver o excesso do mundo e transfronteirá-lo com a hesitação da animalidade! A literatura, o pensamento e a vida são campos problemáticos, são afecções assintácticas, agramaticais, são complexos brotamentos de línguas em fuga sem reflexos! Fazer da resistência uma escoriação da língua inobjectivável, sim, não ter horror ao intensivo e às interrogações enérgicas que se movem nas superfícies dos corpos!
2-O QUE PODE A ARTE ? O QUE PODE O CORPO? O QUE PODEM OS AFECTOS?
Acontecer como artista da sua própria existência, das suas multiplicidades intercessoras não mensuráveis, potencializar a vida com o sentido do acontecimento caleidoscópico do mundo, com as linhas do impensável, com as composições indomáveis de forças que expandem limites, produzem encontros da tragicidade alegre( assumir a experimentação compulsiva da vida porque só há-vida-artista e a arte lida com o caos das afectologias). Fracturar o esquema sensório-motor com transbordâncias expressionistas, com os corpos histéricos, com forças paradoxais. Romper com tudo que gera em nós o medo da morte. Estranhar as potências da transcodificação. Intensificar o desejo com a reviravolta das sensações. Intensificar forças inventivas-abstractas, perspectivas intempestivas sem essencialismos. Transformar o olhar numa esponja que absorve o estilhaçamento do mundo, mostrar os afectos a quem espera por respostas impossíveis. Misturar, modificar corpos com movimentos de extrema vitalidade. Desejos múltiplos. Destruir a presentificação do eu. Capturar forças, arquitectar espaços, descentrar ciclos em corpos inomináveis, friccionar o novo. Levantar mapas de passagem dos afectos. Perspectivar singularmente o mundo, escapar ao poder recognitivo. Temporalidades paradoxais-mutantes. Abalos rasgadores do esperado. Acelerar os devires da arte, cartografar o tempo enlouquecido. Pluralizar mundos com roubos semióticos. Escapar das rostificações
com coreografias convulsivas, acósmicas, ficar imperceptível. Sair da servidão, atravessando zonas intensivas-autopoiéticas. Traçar territórios indiscerníveis com animalidade inventiva. Dançar o espaço com os processos das dobras, com linhas intersectoras de sensações. Traçar diagramas em transição. Sentir as angulações ritmáveis-acronológicas dos ritornelos. Fazer composições duráveis de superfícies de afecções. Escarificar a loucura com novas semióticas, com cartografias experimentadoras do corpo entre fundos de tempos delirantes. Criar matéria expressiva com forças intrusas do aformal, do geometral, do figural! Ser delicado-inventivo continua a ser muito perigoso!